A aplicação do Plano Estadual
de Educação, aprovado pela Assembleia Legislativa no final de 2015 e sancionado
pelo Governo do Estado no início deste ano, foi tema de audiência pública nesta
quarta-feira (13), por proposição da Comissão de Educação, Ciência e
Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Social do Legislativo Estadual. Durante
o debate, também foi apresentada uma prestação de contas da Secretaria de
Estado da Educação e da Cultura (SEEC).
Durante
a audiência pública, a deputada estadual Cristiane Dantas (PCdoB), integrante
da comissão, foi indicada para compor a Comissão de Avaliação e Planejamento do
Plano de Estadual de Educação. “É importante acompanhar o trabalho com análise
do quadro de metas do Plano de Educação”, ponderou a deputada.
No debate, a secretária
estadual de Educação, Cláudia Santa Rosa, reforçou a importância do Plano de
Educação, apresentando os projetos e desafios da pasta. “A nossa primeira
medida ao assumirmos a secretaria, em maio, foi olharmos o Plano Estadual e
propormos a formação de uma comissão para o seu acompanhamento e monitoramento.
O que nos move são os indicadores e índices do Estado. Antes do Plano de
Educação, tínhamos a carência de trabalhar de forma planejada”, declarou a
secretária.
Sobre
as ações que estão sendo desenvolvidas pelo órgão, Cláudia afirma que ainda
esse ano serão implementados quatro projetos voltados para a alfabetização de
crianças, adolescentes e adultos. Outra ação destacada por ela é o projeto
‘Tempo Integral’, que vai contemplar 17 escolas de ensino fundamental da rede
estadual. “Os desafios desse projeto são imensos, pois precisamos nos preparar
para iniciarmos com 10 escolas. É uma meta muito difícil”, avalia.
Quanto
à implantação de Centros Educacionais, a secretária diz que a previsão é que
até o final do ano sete unidades estejam em operação. Segundo ela, os prédios dos
centros de Extremoz e Ceará-Mirim já foram inaugurados. “O da avenida Abel
Cabral está praticamente pronto. A ideia é iniciarmos as atividades no ano
letivo de 2017, mais ainda é preciso criarmos as condições legais para que os
centros existam”, salienta.
Os
desafios enfrentados pela secretaria também foram abordados durante a audiência
pública. De acordo com a gestora, a queda na arrecadação da pasta de Educação
limita as ações do órgão. “Os nossos desafios não são diferentes de outras
pastas. A frustração de receita é na ordem de R$ 70 milhões. Mas há um
compromisso muito grande da equipe em eleger prioridades”, concluiu Santa Rosa,
lamentando também a quantidade de servidores do quadro da Secretaria de
Educação cedidos a outros órgãos.
Também
participaram da audiência pública os deputados Hermano Morais e Fernando
Mineiro, representantes do Fórum Estadual de Educação, Conselho Estadual de
Educação, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE) e
outras entidades.