A Frente Parlamentar
da Mulher da Assembleia Legislativa, em parceira com a Defensoria Pública do Estado,
realizou uma audiência pública nesta sexta-feira (11), no município de São
Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal. O debate teve como tema “A
dignidade da Mulher no Agosto Lilás” e ocorreu no plenário da Câmara Municipal
de São Gonçalo do Amarante.
A parlamentar
ressaltou que o município foi o primeiro a ser escolhido para sediar o debate
pois são elevadas as estatísticas de violência doméstica na cidade. “Empoderar
a mulher é lhe dar condições de ser independente; é lhe dar liberdade de ir e
vir e se sentir protegida e acolhida dentro de casa. Por isso é tão importante
realizar esse debate aqui no município e mais próximo de quem possa estar
precisando da ajuda e orientação do Poder Público”, registrou a parlamentar.
Após a audiência
pública foi inaugurado no Creas do município a ‘Sala Lilás’ que é um espaço de
acolhimento para vítimas de violência doméstica. A Sala é um projeto defendido pela
Frente Parlamentar da Mulher, dentro do debate sobre iniciativas de políticas
públicas para a proteção à mulher. O equipamento conta com suporte psicológico
para as vítimas, em lugar privativo e seguro. A ideia, registrou Cristiane,
deve ser ampliada através, inclusive de outros projetos.
Um deles foi sugerido
pela promotora Rosane Cristina Pessoa. Ela defendeu a criação de uma comissão
para identificar os gargalos que precisam ser superados. Dentro do grupo,
poderia ser discutida a sugestão da delegada Ana Alexandrina, também presente
na audiência pública, e que propõe a criação de espaços semelhantes à ‘Sala
Lilás’ nas delegacias do Rio Grande do Norte.
“Não são coisas que
demandam grandes investimentos. Às vezes, um policial capacitado para receber
essas mulheres faz toda a diferença. Não podemos perder de vista esse debate
que travamos aqui, pois ampliar essa rede de assistência é fundamental”,
defendeu a promotora.
Para o prefeito de
São Gonçalo do Amarante, Paulo Emídio, os debates sobre políticas para as
mulheres que têm passado pela Assembleia Legislativa e que resultam agora em
ações no município são exemplos que devem ser reproduzidos.
“Não há como
concebermos um mundo onde a mulher ainda seja submetida à violência, seja ela
do cotidiano ou não. Nossos esforços para coibir esse cenário devem passar
obrigatoriamente pelo debate que estamos fazendo aqui”, destacou o chefe do
Executivo da cidade.